Chalé 13 [Hades]

Saudações Convidado,se não for meu filho não é bem-vindo aqui;O chalé era em preto e bronze com entalhes de caveiras ao redor,se você prestasse bem atenção podia ouvir gritos de pavor.A porta era em bronze com maçaneta preta que dava numa pequena saleta com fotos do sub-mundo,alguns sofás pretos voltados a uma lareira onde ardia o fogo negro,3 portas se encontravam no fim da sala.

A primeira,levava a um pequeno banheiro.
A segunda, a um quarto com 3 belixes e um tapete redondo cor de azul escuro,com uma foto de cérbero as camas eram forradas com uma colcha da mesma cor do tapete e 2 pequenos armários encostados no canto perto de uma pequena janela
A terceira, a outro quarto com 3 belixes também,que servia para quando o primeiro quarto estivesse cheio,era práticamente igual o que mudava era a cor da colcha para preta.

Corri como uma criança até a minha cama, pulando nela e podendo finalmente relaxar os músculos.
Depois de um tempo eu já tinha me acostumado que aquele era meu lar etc e tal... Ri e suspirei, enquanto eu brincava com minha faca e cortava meu dedo.
- "Não brinque com facas, Catelin! Elas machucam!" Lembra disso, hein, mãe? Pois é... Eu brinquei de mais com elas depois que você foi embora, desculpe... - Passei a língua pelos lábios e abaixei os olhos para o sangue que saía de meu dedo devagar. Culpa. Odiava esse sentimento, e por mais que eu parecesse fria, era a maior "coitadinha" que lamentava todos os dias o assassinato de sua mãe. Assassinato que ela mesma não tinha programado como presente para sua mãe.
Saí de minha cama e fui caminhar pelo chalé, enfiando a ponta do dedo indicador na boca e saboreando do doce sabor do sangue, que somente os matadores sabiam como era viciante e venenoso. Como uma droga.
Todas as imagens que decoravam meu chalé e as caveiras me deixavam enjoada. Em algum lugar ali estava minha mãe, que nem merecia ter morrido tão cedo.
- Desculpa, mãe...
Sorri para as imagens e sentei na escadaria de frente do meu chalé, observando todos os campistas passando. Ninguém me dizia Oi, somente se afastava para seus afazeres, que eu também devia estar cumprindo, ou conversando com os amigos.
Fechei os olhos: cabeça apoiada nas mãos, cotovelos apoiados nas coxas e corpo balançando pra lá e pra cá.
Tudo passando na cabeça rápido de mais, muitas coisas aconteceram comigo... Tudo rápido de mais.
Um dia estava ali, outro aqui.
Era uma vida interessante, mas bem que eu podia ser um pouco normal, certo?

Quem Monna pensava que era pra me deixar pra trás? Eu sei que não sou mais nenhuma criança, mas dói ser deixado de lado, ainda mais por sua irmã gêmea mais velha. Meu coração se encheu de ódio enquanto eu observava a porta do chalé. segurei a maçaneta com minha mão direita e cerrei o pulso esquerdo. Empurrei a porta com brutalidade e a vi observando o chalé. Tratei de mudar minha expressão, afinal, detestava brigar com ela por besteira, já que quando nós brigávamos, ficávamos sempre bastante tempo sem se falar, ela era fria, eu também era, mas numa medida saudável, eu sempre resolvia deixar essas coisas de lado e falar com ela. Olhei em volta, caminhei vagarosamente até a cama ao lado da cama de Monna e coloquei minha mochila em cima. Os rangidos já eram de se esperar, eles não me assustavam, afinal, eu sou filha do Deus do submundo, o que me assustaria? Zeus? acho meio difícil. Olhei em volta e vi uma outra menina, pensei em cumprimentá-la mas, ela tava tão quieta que achei melhor não perturbar. Deitei-me sobre minha cama e comecei a lembrar de algumas músicas que eu escutava com frequência. Olhei em volta e o sono me atingiu, estava cansada, afinal, o dia fora agitado. Ainda um pouco tímida tirei meus sapatos. - Boa noite maninhas. -Abracei minha mochila, fechei meus olhos e apaguei